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Morango  
O semiárido ganha as cores do morango
Agricultores familiares recebem instruções sobre a produção de mudas que garantem o melhoramento das plantas e frutos de qualidade
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Breno Fonseca
28/01/2011

Desenvolvidas em regiões do Estado de Minas Gerais, as pesquisas com o cultivo do morango em ambientes semiáridos é uma alternativa para a diversificação da agricultura familiar em municípios do médio Jequitinhonha e do Norte mineiro. Podendo ter seu plantio em pequenas áreas, o morango pode substituir a monocultura da banana prata anã. O projeto é da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e já apresenta resultados significativos, com a produção de 80 toneladas por hectare de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos, o que garante valor agregado aos frutos.

Segundo o pesquisador Mário Sérgio Carvalho Dias, a escolha por áreas de clima quente e seco foi feita devido à menor incidência das principais doenças do morangueiro. Por conta disso, a pulverização da lavoura é desnecessária, o que repercute na redução dos custos e na colheita de morangos sem resíduos de pesticidas. Entre as vantagens do sistema implantado no semiárido, está o sistema de irrigação por aspersão. Ao contrário das regiões de clima quente, na região Sul do Estado, tradicional na cultura, esse tipo de irrigação favorece o aparecimento de doenças, devido ao contato da água com as folhas das plantas.

Um dos focos do projeto da Epamig está na avaliação do desempenho de cultivares no Vale do Jequitinhonha. Devido a características particulares, o produtor deve escolher as variedades que melhor se adequem ao seu ramo de mercado e também à sua propriedade. Mário Sérgio comenta que as cultivares possuem diferenças entre si. Enquanto algumas apresentam alta produtividade, outras oferecem frutos de maior qualidade, ou são destinadas à elaboração de polpas ou para o consumo in natura. O importante é investir na produção de mudas através da propagação vegetativa.

— A produção de mudas no Norte de Minas é beneficiada pela não ocorrência dos patógenos que atacam a cultura e pelas condições climáticas, que, associadas à irrigação, permitem alta produtividade das mudas. A Epamig está desenvolvendo estudos de melhoramento desde 2008. As plantas originárias deste trabalho estão sendo avaliadas em locais do Estado e, em um futuro próximo, lançaremos novas cultivares para diferentes regiões de Minas e do país. Atualmente, trabalhamos com aproximadamente 600 plantas diferentes — ressalta o pesquisador.

De acordo com Mário Sérgio, o plantio das matrizes é feito em outubro. Elas lançam cordões denominados estolhos, que irão enraizar no solo e originar a muda que será comercializada. As 20 cultivares testadas vem sendo selecionadas. A Epamig indica os morangos Dover, Oso Grande e Camino Real para a região semiárida. Entre os resultados obtidos nas áreas experimentais do Norte de Minas, está a colheita de 80 toneladas de morango por hectare. O que representa uma média maior que da produção brasileira tradicional em torno de 30 toneladas.

— Porém, o maior trunfo da produção de morango em clima quente e seco é a não utilização de agrotóxicos, o que vai repercutir no interesse do consumidor, que tem se tornado cada vez mais exigente. Só encontramos dificuldade na questão de estarmos distantes dos centros de venda, pois o morango é bastante perecível. Além disso, os agricultores precisam se acostumar com a mudança da bananicultura para o cultivo de uma fruta nobre. Não queremos competir com o Sul de Minas, mas é possível, sim, oferecer uma produção diferenciada — finaliza.

Para maiores informações, basta entrar em contato com a Epamig pelo telefone (31) 3489-5000. 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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